A tarde do quarto dia do SP Meeting INCT Klimapolis, realizado dentro da Bienal Internacional de Arquitetura, foi dedicada a reflexões sobre os desafios das regiões costeiras urbanizadas e sobre o patrimônio cultural diante das mudanças climáticas.
O primeiro painel tratou do tema “Regiões costeiras urbanizadas: território anfíbio e pecilotermo”, reunindo pesquisas e experiências que analisam a Baixada Santista como um território de adaptação constante entre terra e mar. Foram apresentadas propostas de soluções baseadas na natureza para mitigar ilhas de calor, estudos sobre adaptação climática e resiliência costeira, além de práticas inovadoras de gestão de conflitos no planejamento urbano e de reurbanização de assentamentos informais em zonas costeiras, incluindo experiências internacionais.
Na sequência, o encontro se voltou para o eixo “Patrimônio em risco: cosmologias ancestrais e ação climática”, trazendo olhares que conectam saberes tradicionais e memória coletiva às estratégias de enfrentamento da crise climática. Foram compartilhadas iniciativas de comunidades amazônicas, povos indígenas, quilombolas e afro-brasileiros, que revelam como as cosmologias ancestrais e a resistência cultural contribuem para pensar alternativas de futuro mais justas e sustentáveis.
As discussões da tarde reforçaram a importância de compreender as cidades costeiras como territórios vivos, onde ciência, cultura e espiritualidade dialogam para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.