O debate do Simpósio de Direito Internacional realizado nesta semana na UFRN, sobre os caminhos possíveis para enfrentar a crise climática e promover uma transição justa e sustentável, ganhou destaque com a participação de dois importantes pesquisadores do INCT Klimapolis: Ricardo Wagner de Alcântara e Marise Costa Duarte.
Com o tema “Dilemas da Política Ambiental Brasileira na Exploração de Recursos e Compromissos Climáticos”, o pesquisador Ricardo Wagner de Alcântara destacou as contradições que marcam a política ambiental brasileira, alertando para o descompasso entre os compromissos internacionais firmados pelo Brasil e as políticas internas, que muitas vezes incentivam o avanço sobre áreas ambientalmente sensíveis.
Na terceira mesa, com o tema “Instrumentos Socioeconômicos na Governança Climática: O Planejamento Urbano e as Finanças para um Futuro Sustentável”, quem assumiu o protagonismo foi a pesquisadora Marise Costa Duarte, que abordou o papel fundamental das cidades na luta contra a mudança climática, enfatizando o uso de instrumentos econômicos e de planejamento urbano como ferramentas para adaptação e mitigação.
Para Marise, o caminho já está orientado. “A transição ecológica precisa passar pelas cidades. A partir das prescrições e recomendações contidas no Acordo de Paris e no Pacto de Glasgow, fica clara a importância da atuação multinível para o enfrentamento da emergência climática e o papel que os governos locais, bem como as comunidades e grupos sociais, possuem na busca pela sustentabilidade do desenvolvimento urbano”, pontuou a professora Marise, que também destacou a importância da participação social e da integração entre diferentes níveis de governo na formulação de políticas territoriais mais sensíveis ao clima.
A participação dos dois pesquisadores do INCT Klimapolis, em momentos distintos, reforça o compromisso do Instituto em contribuir com soluções concretas e multidisciplinares para os complexos desafios ambientais e climáticos que o Brasil enfrenta, especialmente no contexto urbano e nas fronteiras do desenvolvimento sustentável.