Workshop na UFRN debate governança da Amazônia Azul com foco em soluções interdisciplinares

Nos dias 28 e 29 de novembro de 2024, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), está sediando, no Campus Universitário, NEPSA I, o Workshop “Governança da Amazônia Azul: métodos interdisciplinares de humanidades e ciências naturais”, atividade integrante do grupo de trabalho Humanidades ligado ao Comitê Executivo para a Formação de Recursos Humanos para a Ciência do Mar do PPG-Mar, sendo coordenado pelas professoras do Departamento de Direito Público, Raquel Lima e Marise Costa, esta pesquisadora do INCT Klimapolis, o evento reuniu estudantes, comunidade acadêmica, gestores públicos e representantes de organizações sociais para discutir desafios e propor soluções inovadoras para a gestão sustentável do ambiente costeiro e marinho.


Uma das atividades centrais do Workshop foi a mesa “Desafios metodológicos e experiências para a governança da Amazônia Azul”. Entre os pesquisadores convidados estava o professor Venerando Amaro, coordenador da Sub-rede Água e Solo do INCT Klimapolis. Sua contribuição destacou a importância de integrar diferentes áreas do conhecimento — como políticas públicas, engenharia, geologia, ecologia, economia e direito do mar — para enfrentar os desafios complexos da Amazônia Azul.


O evento abordou temas prioritários, como pesca, mudanças climáticas, poluição, economia azul e planejamento espacial marinho, alinhando-se às agendas globais, como a Década do Oceano, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a All Atlantic Initiative. Além disso, reforçou o compromisso com a formação de recursos humanos qualificados e com a criação de redes colaborativas para a governança sustentável do ambiente marinho e costeiro, reafirmando a necessidade da construção de uma governança inovadora e interdisciplinar para o futuro da Amazônia Azul, conectando academia, instituições governamentais e sociedade em busca de soluções sustentáveis.

No encontro também foi mencionada a aprovação, na Câmara Municipal de Natal, do projeto de lei que prevê a intensificação do uso e ocupação na Via Costeira, área costeira extremamente frágil ambientalmente, fato que gerou bastante preocupação por parte dos pesquisadores. A exposição do caso da engorda de Ponta Negra e as várias questões técnicas e jurídicas envolvidas, também gerou indignação do público, o que se somou às preocupações dos pesquisadores com relação ao uso sustentável do ambiente costeiro, o que impacta diretamente no âmbito marinho e na qualidade de vida da população.