Seminário INCT Klimapolis: Soluções Baseadas na Natureza em Contexto de Crise Climática

Neste mês, o Seminário INCT Klimapolis abordou o tema “Soluções Baseadas na Natureza: Estabelecendo uma Discussão Empírica em Contexto de Crise Climática”. O evento contou com a apresentação do arquiteto e urbanista Luciano Abbamonte da Silva, artista plástico e pós-doutorado na parceria do Itaim-Paulista com a Universidade São Judas Tadeu.

O pesquisador traçou uma perspectiva crítica sobre a dinâmica geopolítica do capitalismo verde e o que está sendo desenvolvido no Experimento de Mundo Real para benefícios marginais à saúde, captura de carbono entre outros pontos, focando na criação de instrumentos para a resiliência urbana e no desenvolvimento de um Plano de Ação Climática Local para a bacia hidrográfica do Ribeirão Lajeado, que vive em exclusão socioespacial.

No Seminário , Luciano Abbamonte nos guiou por uma jornada desde os primórdios da humanidade até a situação atual da biodiversidade, fauna e flora, destacando como, ao longo do tempo, a intervenção humana tem moldado a realidade local.

Em sua fala, ele ressaltou que todos os elementos da natureza, sejam subjetivos ou objetivos, e cada nome dado, faz parte de uma estrutura social. Desde os caçadores-coletores que deixaram rastros de montanhas de conchas, há uma contínua modificação do ambiente natural por intervenção humana.

O palestrante também citou Ailton Krenak, que afirmou que, para os indígenas, o fim do mundo já começou devido ao descaso com a natureza. Luciano abordou a panarquia e sua dinâmica de crescimento, organização e liberação de energia, destacando a importância dos ciclos adaptativos.

A importância da resiliência foi um ponto central. O pesquisador enfatizou que, embora não possamos controlar a natureza, podemos colaborar com ela através de ciclos adaptativos aninhados. Ele alertou sobre o impacto humano na natureza, mencionando que a quantidade de lixo supera a biomassa do planeta, afetando o ciclo do carbono, nitrogênio e enxofre, resultando no efeito estufa e na diminuição da camada de ozônio. Citou ainda o Protocolo de Montreal de 1989, que alerta para a necessidade de reduzir o uso de CFCs até 2030.

Além disso, Luciano destacou a importância dos grandes parques e da arborização urbana, mostrando que é possível conciliar densidade populacional e cobertura vegetal. Ele citou exemplos de sustentabilidade em cidades como Rotterdam, que revelam a possibilidade de equilibrar urbanização e preservação ambiental.

Todos os meses o INCT KLimapolis trabalha um novo tema de apresentação do seminário que é mensal e libera certificado para os inscritos. Fique atento e compartilhe esse momento especial de troca de experiências!