Na continuidade do encontro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pitimbu, realizado no auditório do NEPSA 1, a manhã contou com a palestra do professor Jonathan Mota, intitulada “Conhecendo o nosso Pitimbu”. Ele destacou que o rio é essencial não apenas para o abastecimento público, mas também para a produção de alimentos, a economia local, a cultura e o lazer. O professor chamou atenção para a necessidade de preservar as nascentes e apresentou dados de uma simulação hidrológica feita com o modelo SWAT, projetando até 2047 maior escoamento superficial e redução da disponibilidade hídrica.
Entre as reflexões finais, Jonathan ressaltou a urgência de reconhecer o homem como parte do sistema do Rio Pitimbu, a importância de pensar em ações locais com impacto regional e a necessidade de usar os recursos com prudência, sem exaustão. Na sequência, representantes das comunidades trouxeram depoimentos emocionados sobre a vivência direta com o rio. A Comunidade Eldorado dos Carajás, localizada nas nascentes do Rio Pitimbu, por meio do representante Zeca e a Comunidade Quilombo dos Palmares, representada por Jandicleide que destacaram o papel da conscientização comunitária ao afirmar que “a educação continuada é a solução para a mudança” e apresentou resultados de projetos de recuperação da margem do rio. Também abordaram problemas de acesso a terras para produzir alimentos e o sustento de algumas famílias de sua comunidade.
Já a associação do Horto Florestal do Pitimbu, chamado Horto Florestal Parque das Serras, representado por Rita e Letícia, relatou suas iniciativas, onde moradores se reúnem para discutir manejo do solo, preservação das águas e conscientização ambiental. Elas defenderam a preservação das matas ciliares e reforçaram que “é importante trabalhar na redução, não só na compensação”.



